Da esquerda para direita: Luis, Dr.Josenilson, Jarbas, Byron, Emidio, Carlos Alencar e Tomé.
Momento de descontração no Clube.
Pelas minhas pesquisas, o xadrez de Petrolina teve origem através de Pe.Manoel de Paiva Neto. Um homem de uma inteligência fantástica e de grande capacidade administrativa. Ele foi Diretor do Colégio Dom Bosco nos anos 60. Na época o nosso amigo José Bandeira que foi contemporâneo do mesmo, falava das suas destrezas dentro do tabuleiro. Na realidade foi considerado um visionário da educação de Petrolina.
Eles tinham um grupo que se reuniam todos os sábados no Centro Diocesano e foi lá que vi pela primeira vez um xadrez e conheci a figura lendária de Padre Manuel. A visão deslumbrante aconteceu em 1967; eu com 10 anos de idade fiquei impressionado com os movimentos daquelas figuras inanimadas dentro do tabuleiro e prometi para mim mesmo que um dia iria aprender a jogar. Foi uma coincidência, pois na realidade eu tinha ido pegar uma bola que caíra dentro do muro do Centro.
Começamos a engatinhar no mundo enxadrístico, com 14 anos de idade, através de um livro de xadrez que a minha Tia Diva comprou no Farol (Ela trabalhava lá). Infelizmente não conseguimos nenhuma foto para comprovar os caminhos do xadrez naquela época.
Jogávamos muito com o amigo José Bandeira nas décadas de 80. Ele ia quase todos os domingos na nossa casa. Através
dele, conhecemos muitas táticas e estratégias do Xadrez.
No Colégio Dom Bosco, o professor Jarbas (que era professor de Física do colégio na década de 80) reunia os alunos interessados para treinar xadrez com vista aos Jogos Estudantis.
Tivemos o prazer de conhecer o professor Jarbas na década de 90. A gente organizava os chamados torneios caseiros, com direito a troféus e medalhas. As rodadas eram realizadas nas casas de cada jogador, fazendo uma espécie de revezamento.
O grupo foi crescendo e acumulamos novos amigos, entre eles: o professor Josué, Cristiano Afonso, Edy Ramos, César Ramos , Luis Neto, Fred Monte Claro, Byron, Dr.Josenilson, Guedes, Carlos Alencar ,Edmérico, Michael, Rosângela e outros nomes que nos fogem a memória.
Daí brotou a idéia da fundação do Clube de Xadrez de Petrolina, cuja sede ficava na rua Aristarco Lopes (num terreno de Jarbas), funcionando todos os sábados e domingos na parte da tarde. A fundação do Clube aconteceu em novembro de 1992 e o seu primeiro presidente foi Dr.Josenilson Ramos.
Começamos a realizar nossos torneios Blitz internos. Realizamos os campeonatos aberto em 1997 e 1998 no Hotel Reis Palace e no Shopping. O campeão dos dois campeonatos foram Michael Amaral de Juazeiro Bahia.
Eu e Bryon.
Eu e Michael Amaral.
Nesse íntere tivemos a oportunidade de realizarmos o primeiro confronto entre clubes no salão de festas do Iate Clube, contra o Clube Torre do Rei de Senhor do Bonfim. Seu comandante era o nosso amigo Marcos Tudella. Perdemos por 1,5 de diferença.
Já fazia parte de nossas fileiras, um dos grandes jogadores de Pernambuco, o amigo Tomé Brasil que morou em Petrolina devido ao seu trabalho no Ministério Público. Foi um período áureo do Xadrez regional.
Começaram a surgir resultados expressivos para nossa região em nível estadual e Nordestino. Anderson Diego e Andréa Kalienne tornaram-se respectivamente, campeões e vice nos Jogos Interdiocesanos do Nordeste realizados em Aracaju-SE no ano de 1997.
Em 1998, Andréa Kalienne sagrou-se campeã Pernambucana Escolar categoria infantil nos Jogos Escolares realizados em Recife-Pe.
Professor Emídio e Andréa Kalienne, exibindo o troféu de Campeã Pernambucana Escolar Infantil de 1998.
Andréa Kalienne disputando as finais do Pernambucano Escolar Infantil.
Um fato marcante na história do Clube foi quando trouxemos até Petrolina o MF Marcos Asfora para um desafio, na primeira partida simultânea da região, exatamente em junho 1998. A mesma foi realizada no salão de festas do Hotel do Grande Rio e contou com a participação de 40 enxadristas de toda Região Sanfranciscana. O placar foi de 38,5 x 1,5 em favor do Mestre.
Asfora concentrado na simultânea.
Professor Emídio Santana x Marcos Asfora.
Continuaremos a contar essa história. Aguardem as próximas postagens.
Saudações enxadrísticas.
Professor Emídio.
Observação: Não somos historiadores. Apenas estamos relatando uma história de um xadrez vencedor, que marcou as nossas vidas. Caso algum fato esteja em desacordo, fiquem a vontade para retificar nos comentários, pois prontamente faremos a correção.